Acne aos 30

Ou como David Fonseca fez a música com que sempre sonhou!!!
O mais recente single de David Fonseca "Who are you", avanço do albúm que
irá sair brevemente, é aquilo que podemos chamar "mais do mesmo"
Ironicamente, David Fonseca afirma que fez a música que sempre quis fazer.
Ora, perdoem o meu ouvido destreinado, mas a maior parte das canções
de David Fonseca parecem-me...como dizer... iguais.
É claro que há excepções - the 80's e revolution edit.
Mas a crise de adolescência, ipsis verbis, idade do armário, parece ser um tema recorrente
nas músicas. Não que o amor não seja um dos melhores temas para ser cantado. Mas tanto amor,
umas vezes destroçado outras correspondido, cansa...E há muitas formas de cantar o amor,
não tem de ser sempre a mesma.
Voltando à vaca fria, ou melhor ao single, não deixa de ser uma boa música,um bom refrão,
com um falsete arriscado, que apesar disso é bem sucedido. Não posso também deixar de referir
a qualidade do teledisco da música, com todos os clichés a que o tema obriga - pôr-do-sol,
viagens em carros e aeroportos!!!
3 Comments:
Ora cá estou eu, "empurrado" pela Sofia D'Arc. Confesso que eu também fiquei desiludido ao ouvir a "Who You Are". Muito melosa e "teenager"...É um retrocesso em relação ao álbum anterior, esse sim uma lufada de ar fresco em minha opinião.
Devo dizer que ainda não tive oportunidade de ouvir este novo single do David Fonseca em boas condições, visto que a versão que arranjei não é das melhores, e é possível que metade da instrumentalidade da mesma me esteja a passar ao lado. Acrescento, no entanto, que também não me parece que seja a música em que ele melhor se consegue explanar, mas acredito que a sinta mais que qualquer outra. Que é um grito de adolescência, é, e daí talvez a simplicidade que te fez compará-la a outras do mesmo autor. No entanto, é de notar a arte que ele cria a partir de uma adolescência que me parece que ele foi maturando interiormente. Quem quiser acompanhar isso pode assistir ao concerto no Coliseu dos Recreios em 2000, disponível em DVD. Aí é patente a evolução que ele levou a cabo nos Silence 4, banda que em si própria evoluiu bastante desde que começou a brincar com música.
(...) Os temas tratados não fogem muito da mesma esfera, mas compensam por explorá-la muito bem, temas estes que nos fogem a nós a tempo inteiro, por vezes. O David, com a sua voz e presença, faz-nos reviver um pouco o adolescente que temos dentro de nós. E temo-lo. No seu álbum Sing me Something New, penso que já se pôde expor melhor, e fazer as coisas à sua maneira, e surgiram temas brilhantes que consigo destrinçar entre si em cada nota e sentimento, e não apenas de Revolution Edit e The 80’s. O David parece-me um artista extremamente criativo, de mente aberta e rebelde, que denota isso e grande parte do seu íntimo nas suas letras, que têm um pouco de nós ou de alguém que já conhecemos profundamente. E é uma boa companhia decerto, pelo menos em momentos de melancolia ou falta da mesma. . .
Espero ver o vídeo e anseio comprar o disco em breve.
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