Os GNR são daqueles bandas que causam sempre discussões. Se por exemplo, os Xutos e Pontapés são uma banda consensual, os GNR são o oposto. Eu sou grande fã. Desde que nos anos 80 vi uma actuação de Vídeo Maria na TV nunca mais me esqueci da imagem de um jovem chamado Rui Reininho.
Até aos dias de hoje muita coisa se passou na carreira dos GNR, algumas coisas que me desagradaram, especialmente no inicio dos anos 90 e sobretudo duetos inesperados. Nestes últimos tempos (leia-se no últimos 8/9 anos) os GNR conseguiram alcançar uma maturidade enquanto banda que lhes permitiu fazer aquilo que sempre quiseram. Músicas como Mosquito, Ananás, Canadádá e Popless vêm confirmar que os GNR são uma banda pós-moderna.
Este novo disco, O melhor dos GNR: ContinuAcção vol. 3, é, como o nome o indica, o terceiro volume de compilações da banda, e celebra não só os 25 anos de carreira mas também o final de um ciclo. Deste álbum fazem parte, raridades, e temas incluídos noutras colectâneas, nunca editados em álbuns dos GNR. A cover de «Quero Que Vá Tudo Pró Inferno», de Roberto Carlos é um dos momentos mais bem conseguidos do disco. Com lado A e B, a fazer lembrar os discos de vinil (rock & alterne; e pop & baladas & alterne) este disco é a nível musical e estético a melhor comemoração possível para os 25 anos de carreira desta grande banda portuguesa.
Espero que, no futuro, os GNR possam editar o volume 4, 5, 6, etc. celebrando os 30, 35, 40 anos de carreira por aí fora.
